DTM

Disfunção Temporomandibular

DTM

Disfunção temporomandibular (DTM), é um termo coletivo que engloba um largo espectro de problemas clínicos articulares e musculares na área orofacial.
Estas disfunções são caracterizadas principalmente por dor, sons na articulação, e função irregular ou limitada da mandíbula.

A articulação temporomandibular é a articulação da mandíbula com o crânio, especificamente a cabeça da mandíbula com o osso temporal.
Um conjunto heterogêneo de órgãos e tecidos, os quais devem atuar integrados e harmonicamente, de tal maneira que seus envolvimentos fisiológicos e patológicos são absolutamente interdependentes participando da mastigação, deglutição, respiração, fonação e postura. (Behsnilian, 1974).

Descrita pela primeira vez pelo médico otorrinolaringologista americano James Costen em 1934, atribuía à perda precoce de dentes e seus efeitos, uma série de distúrbios na área orofacial. Apesar de hoje sabermos, à luz da “ciência baseada em evidência”, que pouco daquilo descrito corresponde à realidade, constituiu o marco inicial dos estudos na área.

Dentre os sinais e sintomas mais frequentes temos:​​
– Dores na musculatura, face, cabeça e articulação;
– Sons articulares: estalos, crepitação etc;
– Sintomas otológicos, como dores de ouvido, zumbido etc;
​- Dificuldade em abrir ou fechar a boca, podendo até mesmo ocorrer o travamento da mandíbula;

DTM e dor orofacial

Perguntas Frequentes

Estamos vivenciando já há algum tempo uma profunda mudança no desenvolvimento da Odontologia.

A Odontologia se apresenta como área da saúde e no contexto da Saúde Baseada em Evidências, conceito iniciado no início dos anos 70, em resposta ao empirismo, onde a fundamentação acontecia baseada somente em constatações clínicas pura e simplesmente. Nisso há um destaque para o estudo da DTM e Dor Orofacial.

O desenvolvimento científico leva a uma ampliação do campo de atuação do cirurgião-dentista, possibilitando uma visão menos mecanicista, natural da profissão.

Assim, o odontólogo pode se alinhar a tendência atual da Multidiciplinariedade dos tratamentos, onde a extensão dos cuidados aos pacientes acontece pela atuação de diversos profissionais, assim como também possibilita ao CD assumir uma posição de maior relevância em sua equipe.

Historicamente considerada fator etiologicamente primário e eloquentemente defendido em destacados livros-texto e transferidos para gerações de estudantes de ODONTOLOGIA, a oclusão foi perdendo a importância na sua correlação com DTM.

Trabalhos e pesquisas atuais não encontram uma relação muito grande entre DTM x Oclusão. Há pouca evidência de alguma má oclusão específica ser intimamente relacionada com DTM.

Revisão sistemática concluiu que poucas associações foram relatadas entre má oclusão e parâmetros de uma oclusão funcional e clínicos, bem como uma DTM subjetiva, e estas associações não foram uniformes. Portanto, a oclusão tem hoje importância muito restrita como fator etiológico ou mesmo perpetuador de problemas na ATM.

A partir do momento em que a oclusão deixa de ser o fator etiológico principal, a correção da mesma, através do uso de tratamentos ortodônticos, em muito pode ser totalmente inócua.

Por outro lado, atribuir o aparecimento de uma condição qualquer de DTM, a alguma falha de correção ortodôntica, também não encontra respaldo na literatura científica.

Quando falamos em tratamentos cirúrgicos na ATM, eles englobam uma gama diversificada de procedimentos, com graus variáveis de invasividade e morbidade. De qualquer forma, a indicação para um ato cirúrgico deve ser muito bem avaliada.

Segundo estudos europeus, menos de 3% dos casos têm essa indicação. Mais de 80% das DTM têm envolvimento muscular e a cirurgia nunca é solução nesses casos.

Em casos onde o envolvimento da articulação, com seu disco articular deslocado, deformado etc. se apresenta, terapias conservadoras e não cirúrgicas respondem MUITO bem na grande maioria dos casos. Assim: CIRURGIA NA ATM DEVE SER MUITO BEM AVALIADA E SÓ REALIZADA NA TOTAL FALHA DE TERAPIAS CONSERVADORAS PRÉVIAS.

Atualmente não há evidência científica de que as terapias com dispositivos intra-orais possam ser curativas, apesar de extensamente utilizadas.

Excetuando-se na proteção dos dentes contra o desgaste de suas estruturas, assim como em DTM onde se considere a presença do Bruxismo ou o Apertamento, e em todas as situações APENAS DURANTE O SONO, não há porque indicar o uso de placas miorrelaxantes. ESTAS NUNCA DEVEM SER MACIAS.

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